Programação

Programação Geral do Evento*

  27-11 28-11 29-11 30-11
8h-11:30h   Atividade 1

CACIS

Local: Anfiteatro 5 O – A,B

GT 2 – Anfiteatro 5O A

GT 3 e GT 4 – Anfiteatro 5O B

GT 5 – Anfiteatro 5O C

GT 7 – Anfiteatro 5O D

GT 1 – Anfiteatro 5O A

GT 10 – Anfiteatro 5O C

 

10:20 às 12:30 GT 8 e GT 9 – Anfiteatro 5O B

 

14h-17:30h Credenciamento

Local: Saguão do Bloco 5 O

SG de Sociologia e SG de Educação – Anfiteatro 5O A

SG de Antropologia – Anfiteatro 5O B

GT 6 – Anfiteatro 5O C

Minicurso 1 Categorias para a realização de análises sobre a indústria do Transporte no Capitalismo – Anfiteatro 5O B

Minicurso 2 Educomunicação em tempos de fake news: a educação paras as mídias e as mídias para a educação – Anfiteatro 5O A

Minicurso 2 Educomunicação em tempos de fake news: a educação paras as mídias e as mídias para a educação – Anfiteatro 5O A

Minicurso 3 Teoria Queer: notas introdutórias sobre Gênero e Sexualidade – Anfiteatro 5O B

Palestra “ Uberização: novas formas de controle, organização e gestão do trabalho”

Profa. Dra. Ludmila Costhek Abilio (UNICAMP)

Anfiteatro 5O C

 

19h-20h Conferência de Abertura

“1968: 50 anos depois?

Profª. Drª Maria Ribeiro do Vale (UNESP- Araraquara)

Local: Anfiteatro 5 O – A,B

Palestra “ O Ensino de Sociologia tem partido?”

Prof. Dr. Eduardo Dimitrov (UnB)

Local: Anfiteatro 5 O – A,B

19:00- 20:00 Lançamento de livros

20:00 – 22:00 Mesa Redonda

“ Da então recém promulgada Constituição à luta pela sua aplicação: a greve de novembro de 1988 da CSN”

Prof. Dr. Edilson J. Graciolli (INCIS)

Prof. Dr. Alexandre de Sá Avelar (INHIS)

Mestranda Ana Paula Nascimento (PPGCS UFU)

Coordenação:  Pet Ciências Sociais

Local: Anfiteatro 5 O – A,B

19:00 – 19:30 Resultado do I Concurso de Fotografia

19:30 – 22:00 Conferência de Encerramento

Profª. Drª. Camila Mainardi (UFG)

Local: Anfiteatro 5 O – A,B

 

* Em breve publicaremos a programação completa do evento.

 

Lista de Grupos de Trabalho do VI Seminário Internacional do PPGCS

GT 1 – Gênero, Trabalho e Educação

Coord: Maria Lúcia Vannuchi – UFU

           Maria Eulina Pessoa de Carvalho- UFPB

 

O objetivo deste GT é estimular o debate teórico e a apresentação de pesquisas que tenham como tema a relação entre gênero, trabalho e educação. Pretende reunir, em um diálogo interdisciplinar, estudos produzidos a partir de diferentes abordagens teóricas e metodológicas que focalizem a realidade objetiva das relações de gênero no mundo do trabalho e nos espaços educacionais, bem como os aspectos simbólicos das subjetividades e representações sociais neles presentes. Em seu bojo, serão problematizadas as interseccionalidades de gênero, classe social, raça/etnia, idade/geração presentes no mundo do trabalho; as configurações identitárias relacionadas aos processos educacionais e ao trabalho; os vínculos existentes entre educação e trabalho; as políticas públicas e práticas formativas em gênero, diversidade e inclusão; os mecanismos institucionais de prevenção de violências de gênero nas esferas profissionais e educacionais.

 

GT 2 Ciência Sociais e Educação: Limites e Possibilidades

Coordenadores: Prof. Dr. Eduardo Dimitrov (UnB)

 Profa. Dra. Marili Peres Junqueira (UFU)

A Sociologia no currículo da Educação Básica teve um percurso intermitente, tal trajetória foi marcada pela ausência e sua presença na estrutura curricular, ocasionando diferentes problemas e perdas para a disciplina, dentre eles se destaca o número de pesquisas sobre a Ciências Sociais no âmbito escolar; a ausência de debates e diálogos sobre os conteúdos e metodologias de ensino e a desvalorização da disciplina no campo escolar. Apesar dos avanços – encontro nacionais e estaduais sobre Sociologia na Educação Básica e o aumento de teses e dissertações sobre o ensino de Ciências Sociais, dentre outros – é fundamental refletir o ensino de e a formação de professores, além de amplos debates sobre Educação e Ciências Sociais. Nesse sentido, o Grupo de Trabalho tem como objetivo analisar e refletir sobre a formação docente em Ciências Sociais, as políticas públicas para a licenciatura como o PIBID e a Residência Pedagógica, metodologias de ensino, a BNCC do Ensino Médio, a reforma do Ensino Médio, experiências pedagógicas, reflexões sobre o âmbito escolar e outros debates que envolvem as Ciências Sociais e a Educação.

 

GT 3 Culturas e Sociabilidades

Coordenadores: Mônica Chaves Abdala (UFU)

   Antonio Augusto Oliveira Gonçalves (UFG)

Neste grupo de trabalho, buscamos congregar pesquisas e recortes que relacionem os dois  termos que intitulam este GT: culturas e sociabilidades. São muitos os itinerários disponíveis para traçar novas configurações nesse campo de interlocução, tanto no passado quanto na sociedade contemporânea: culturas e relações sociais, histórias de práticas e saberes culturais, estudos étnicos, análises da alimentação ou de literatura, de cinema, entre tantos outros. Nessa confluência, a noção de cultura na contemporaneidade  deixa entrever interdependências nos movimentos de pessoas, coisas e ideias, numa teia de relações sociais que imbrica distintas agências derivadas de diferentes pontos de vista, muitas vezes contraditórios entre si. As manifestações êmicas situadas localmente se interligam a uma trama de referentes regionais/nacionais/globais, demandando novas posições metodológicas e éticas dxs pesquisadorxs.Como simetrizar os afãs generalizantes da literatura com as incomensurabilidades empíricas do campo? Como articular as posicionalidades relacionais de cada agente/grupo com a noção de cultura? É levando em linha de consideração tais perguntas e as contribuições mais recentes sobre as práticas culturais e as redes de sociabilidade on e/ou off-line no contemporâneo que pretendemos colocar os trabalhos submetidos em diálogo.

GT 4 Estudos na e da cidade: reflexões sobre as dinâmicas socioculturais urbanas, suas continuidades e transformações

Coordenadora: Talita Prado Barbosa Roim (UFG)

Com intuito de refletir sobre os conceitos de urbano e urbanidades no Brasil, o GT intenciona reunir pesquisas que tratem de temas transversais e interdisciplinares cujos contextos tenham a cidade como centro das investigações. Pretende-se refletir questões das dinâmicas e das transformações de diferentes ordens vivenciadas na  contemporaneidade, com destaque para as diferentes práticas e saberes que envolvem relações e arranjos de indivíduos e grupos sociais que (sobre)vivem aos impactos da vida urbanizada, sobretudo dos grupos tidos como minorias,  nas relações de gênero, nas lutas, movimentos e resistências sociais, nas diferenças étnicas, religiosas e morais que perpassam o cotidiano na/da cidade. Com destaque para análise da cultura popular e marginal de grupos sociais urbanos, enfatizamos os problemas da atual conjuntura mundial e brasileira sob as vertentes socioculturais, políticas e econômicas, a fim de compreender as relações permeadas nos mais diferentes espaços das cidades (bairros, vilas, centros, periferias etc.) versados na construção de identidades e modos culturais. Serão bem-vindos trabalhos que atuem nas áreas da Sociologia, Antropologia e Ciência Política que visem analisar teorias e metodologias referentes às diferentes formas de desenvolvimentos dos processos sociais lançando novas perspectivas sobre as redes de significados e as correntes de tradições culturais, não em busca apenas das regularidade, mas também das transformações e ressignificações presentes nas interações entre indivíduos e sociedade, de modo a avançar nas análises e categorizações de temas e conceitos em diferentes níveis – marginalidades, consumo, acessos, desigualdades sociais etc.,  a partir de pressupostos que  envolvam reflexões sobre os trânsitos e fluxos que caracterizam os espaços e temporalidades das cidades.

Palavras-Chave: Cidades, Fluxos, Identidades, Regularidades e Transformações Sociais, Urbanidades.

GT 5 Feminismo Materialista

Coordenadoras: Rafaela Cyrino Peralva Dias (UFU)

 Patrícia Vieira Trópia (UFU)

 Renata Gonçalves dos Santos ( UNIFESP)

O GT “Feminismo materialista” objetiva contribuir com a discussão sobre as raízes dos processos de dominação típicos da sociedade capitalista, a partir de uma perspectiva feminista materialista. Tendo como foco as discriminações de gênero, que são produzidas e reproduzidas a partir da divisão sexual do trabalho, o GT pretende acolher trabalhos, de natureza teórica e/ou empírica que, partindo das relações sociais de dominação, ajudem a compreender os nexos causais que podem ser estabelecidos entre o capitalismo, o sexismo e o racismo. Pretende-se, desta forma, tanto analisar as similitudes das operações que são acionadas para desqualificar indivíduos/grupos quanto compreender as diferentes reconfigurações que se observam nas dinâmicas de desigualdade presentes na sociedade contemporânea, com ênfase nos processos de opressão de gênero, raça e classe. Finalmente, tendo por referência a categoria da interseccionalidade, o GT pretende discutir de que forma estudos culturais e enfoques identitários permitem articular as diversas formas de opressão.

GT 6 Museus, Memórias e Patrimônios Etnográficos

Coordenadoras: Daniella Santos Alves (UFSCAR)

 Gabriela Gonçalves Junqueira (UFG)

 Nayla Nunes Duailibe (UFG)

O presente GT visa reunir pesquisas que se dedicam aos estudos de comunidades tradicionais, como populações indígenas, quilombolas, ribeirinhas, etc., a partir de um diálogo interdisciplinar entre Antropologia, Museologia, Arqueologia e História. A proposta é fomentar discussões ressaltando a relação entre museus e patrimônios etnográficos como estratégias dos grupos para construir e reconstruir narrativas. Quais os caminhos e estratégias são usadas diante das coleções dos museus etnográficos? Quem são os sujeitos do processo político de escolha dessas coleções? Quais agentes são responsáveis por construir sentido e significados para as propostas museológicas? Diante da possibilidade de pensar a história dessas populações tradicionais e patrimônio no contexto dos museus, como e quais as discussões são evidências do protagonismo desses povos? A Antropologia pode ser mediadora desse processo de reconhecimento dessas populações como agentes nos espaços dos museus? O GT pretende assim ser um espaço tanto para discussões sobre a construção de abordagens conceituais e metodológicas nesse cenário, como de dados etnográficos que possam contribuir com um deslocamento no olhar, ressaltando um posicionamento crítico e dotado de agência para a construção desses espaços de luta e resistência.

GT 7 Pensamento Social e Político Brasileiro

Coordenadores: Márcio Ferreira de Souza (UFU)

 Moacir de Freitas Junior (UFU)

O Pensamento Político e Social Brasileiro tem por objeto as ideias, os intelectuais, as filiações e tudo relacionado com as tentativas de interpretar o Brasil, o povo, as instituições, a sociedade, enfim, nossa formação enquanto povo e Nação.  O Grupo de Trabalho pretende receber trabalhos que se dediquem a analisar objetos, autores, ideias e instituições cujo escopo é a interpretação do Brasil e de sua formação, cabendo aqui a contribuição de vários campos científicos, tais como a antropologia política, a sociologia da arte, a história das ciências, a sociologia dos intelectuais, a filosofia, a literatura, a teoria política e outras. Essa superposição, muitas vezes conflituosa, é essencial para interpretarmos um país como o Brasil, onde a literatura, as artes, a cultura e as ciências acabaram por ter uma importante dimensão política por força da relação que se estabelece entre a formação da cultura e a formação da nação brasileira.

GT 8 Saúde e Violência: agência e poder nas narrativas institucionais e não-institucionais

Coordenadoras: Andreia Sousa de Jesus (UFU)

 Carolina Cadima Fernandes Nazareth (UFG)

Nas últimas décadas, as discussões voltadas para a temática da saúde têm crescido muito no âmbito das Ciências Sociais no Brasil. Dentre os temas de pesquisa, temos questões que tangem o modelo sanitarista; a saúde da mulher; saúde e classes sociais; saúde e a questão racial; saúde indígena e quilombola; saúde e comunidade LGBT; a saúde da criança e idoso; a saúde mental; a saúde não-institucional, tradicional ou popular; entre outros. Inclusas nessas temáticas podemos levar em conta questões como a diversidade na ideia de saúde e também as violências presentes nesses modelos citados acima. Desta forma, o presente Grupo de Trabalho se propõe a discutir pesquisas que trabalhem tanto no âmbito da saúde e suas diversas facetas quanto nas violências presentes e/ou provocadas por esses modelos/estratégias de saúde, assim como as políticas públicas presentes nesses debates e os movimentos vindos da sociedade civil de enfrentamento às violências institucionais e não-institucionais na esfera da temática de saúde.

GT 9 Violência, Criminalidade, Segurança Pública e Direitos Humanos

Coordenador: Márcio Bonesso (IFTM)

O objetivo do grupo de trabalho é debater pesquisas sobre violência, criminalidade, segurança pública e direitos humanos a partir de discussões oriundas da antropologia, ciência política, sociologia, bem como de outras áreas afins do conhecimento científico. O interesse original dos pioneiros das ciências sociais pelos temas da violência, criminalidade, direitos humanos e segurança pública refletiu a realidade política do Brasil e do mundo no final da década de 1970 e início dos anos 1980. Entre os principais desafios podem-se incluir, a aplicação da lei e do estado democrático de direito em uma sociedade autoritária como a brasileira e outras sociedades que consolidaram o Estado Mínimo e Forte, chamado neoliberalismo. Com o período de redemocratização brasileiro muitas instituições de segurança pública e do sistema de justiça se mostravam incapazes de desenvolver uma perspectiva legalista e cidadã, gerando um aumento do encarceramento e dos crimes violentos, como homicídio. Assim, com a consolidação desse campo científico nas últimas décadas múltiplas abordagens foram desenvolvidas pelas ciências sociais. Nesse aspecto o grupo de trabalho está aberto para debater tais abordagens temáticas a partir de: 1) perfis metodológicos quantitativos e/ou qualitativos; 2) perfis macros (locais/regionais) e/ou micros (nacionais/globais) sociais; 3) abordagens teóricas e/ou empíricas; 4) abordagens que articulam os discursos normativos (do Estado, dos sistemas de justiça) e extranormativos (dos variados ilegalismos do Estado e da Sociedade Civil).

GT 10 Mundo do Trabalho: os desafios do presente e os horizontes da crítica

Coordenadoras: Profa. Dra. Mariana Côrtes (UFU)

 Profa. Dra. Ludmila Costhek Abilio (UNICAMP)

As transformações do trabalho trazem diversos desafios às Ciências Sociais e envolvem múltiplas abordagens e perspectivas teóricas. Os últimos quarenta anos são marcados pelas políticas neoliberais que têm no mundo do trabalho um de seus terrenos mais produtivos e se referem tanto ao forjamento de novas subjetividades quanto às novas formas de gestão. A globalização, integração de mercados e a financeirização estão fortemente relacionados com a reestruturação produtiva, as cadeias globais de valor e as redes de subcontratação. As inovações tecnológicas aliadas às (des)regulações do Estado e aos processos de flexibilização também promovem novas relações de trabalho que contam com embaralhamento entre trabalho e consumo, indistinções entre o que é e o que não é tempo de trabalho, até mesmo indefinições sobre o que é e não é trabalho. Tornando ainda maiores os desafios, a uberização do trabalho se firma como tendência global, que atravessa todo o mercado de trabalho e conta com novas formas de subordinação, exploração e gestão do trabalho. As categorias de análise também demandam de forma cada vez mais evidente as perspectivas interseccionais que relacionem a exploração do trabalho com a raça, gênero e as desigualdades geracionais. A relação entre inovação tecnológica, papel do Estado e estrutura do mercado de trabalho; globalização, neoliberalismo e a flexibilização do trabalho; a subjetividade dos trabalhadores e novas formas de organização e resistência coletiva; empreendedorismo e as novas formas de gestão do trabalho; uberização do trabalho, capitalismo de plataforma e revolução 4.0, estes são alguns dos temas abarcados pelo GT. São bem vindas pesquisas que contribuam com a definição de categorias de análise para a compreensão do presente brasileiro e a formulação de horizontes críticos.

 

Lista de Minicursos

Minicurso 1 – Categorias para a realização de análises sobre a Indústria do Transporte no Capitalismo

Alessandra Rodrigues Freitas (Graduanda em Ciências Sociais – UFU, formada em Direito pela UFU,  Mestre em Sociologia e Direito pela UFF)

Carga Horária: 4h

Resumo:

O objetivo deste minicurso será apresentar elementos categorias que permitam compreender o papel da indústria do transporte no modo de produção capitalista. Diante da realização da greve dos caminhoneiros no Brasil, muitos pesquisadores e estudantes ficaram se questionando sobre a característica desse movimento político ocorrido em 2018 e, principalmente, de sua proporção e alcance nacional. Mas antes da análise mais conjuntural sobre o transporte rodoviário de carga brasileiro, existem bases categoriais importantes para ajudar na compreensão e fundamentação das reflexões sobre os movimentos históricos e políticos ocorrido na indústria do transporte. Assim, buscarei trabalhar a caracterização do transporte enquanto uma indústria no capitalismo, suas particularidades no movimento do capital de produção e realização do valor. E, por fim, trazer apontamentos sobre o papel da indústria do transporte na produção de contra tendências à lei tendencial da queda da taxa de lucro. Partindo, portanto, dessa estrutura apresentada acima, a proposta do minicurso é olhar a indústria do transporte a partir do movimento do capital de circulação, produção e realização do valor. Passando pelo debate de produção de mercadorias, da problematização de que nem todo transporte estará diretamente ligado ao processo produtivo e, por fim, trazer elementos categorias para pensar o papel estrutural dessa indústria para o capitalismo. Além desses elementos, destaca-se a relevância de se pensar a redução da relação espaço-tempo
proporcionada pelo desenvolvimento dos meios produtivos desta indústria ao longo da história. Com análises sobre seu impacto para uma produção flexível, aprofundamento das terceirizações e aumento da exploração da força de trabalho.

 

Minicurso 2 – Educomunicação em tempos de fake news: a educação para as mídias e as mídias para a educação

Bruno César Cunha Cruz (Graduando em Ciências Sociais – UFU, formado em Comunicação Social pela Universidade de Uberaba)

Carga Horária: 8h

 

Resumo:

A história da educomunicação: o conceito e a prática. As mídias e a produção midiática no contexto brasileiro. A mídia enquanto influência e influenciada. A liberdade de imprensa e a democracia. A liberdade de expressão e a democracia. O[s] jornalismo[s], as informações, as notícias e as fake news. O que é democracia, afinal? Qual o papel das mídias [e da imprensa] na construção e afirmação democrática? Quais os desafios diante do fenômeno das fake news? Apesar de pertencer a níveis teóricos distintos, os três questionamentos são cada vez mais feitos, seja no âmbito acadêmico, seja fora dele. Por isso mesmo, movimentam uma considerável discussão que, por vezes, foge até mesmo de concepções há muito vistas como essenciais. Entretanto, na grande maioria das respostas, é possível perceber um caminho em comum: a ideia de que a educação, em qualquer um dos casos, é uma chave de compreensão e resolução genética e radical. Elaborada a partir de uma realidade específica (a brasileira e latino-americana) a ideia de « educomunicação », termo cunhado pelo professor Ismar de Oliveira Soares (ECA/USP), propõe uma inter-relação entre a comunicação e a educação, e, a partir disso, uma possibilidade de produção de um espaço para o conhecimento, para a cidadania e a solidariedade, humanístico e político, que seja crítico e criativo. Nos termos de seu propositor, a educomunicação « estrutura-se de um modo processual, midiático, transdisciplinar e interdiscursivo, sendo vivenciada na prática dos atores sociais, através de áreas concretas de intervenção social. » (Soares, 2000: 22). Materializada, assim e enfim, por meio da educação para a comunicação, da mediação tecnológica na educação, da gestão da comunicação no espaço educativo, bem como da reflexão epistemológica sobre a dita inter-relação comunicação/educação. Posto isso, o curso proposto tem como objetivos (i) apresentar e discutir a noção de « educomunicação », enquanto conceito e prática; (ii) discutir as noções de « mídia » e « produção midiática », no contexto brasileiro, além das influências recebidas e produzidas pelos veículos de produção de massa. E, tendo em vista o atual cenário político, busca-se também (iii) produzir reflexão crítica a respeito da liberdade de imprensa e da liberdade de expressão, bem como suas funções em um Estado Democrático de Direito. Por fim, permitir aos participantes a possibilidade de (iv) discernir sobre o[s] jornalismo[s], as informações, as notícias e as fake news.

 

Minicurso 3 – Teoria queer: notas introdutórias sobre Gênero e Sexualidade

Fabrício Marçal Vilela (Mestrando em História Social – UFU)

Carga horária: 4h

 

Resumo:

No final dos anos 1980, alguns grupos LGBTs passam assumir a  injúria   homofóbica queer (no Brasil a palavra é equivalente a “bicha”, “viado”, “sapatão”, “traveco”), tais como o Queer NationACT UPLesbiens Avengers, e passam a questionar as políticas conservadoras que constituem a heterossexualidade como norma social.  Esses movimentos sociais passam a chamar atenção de alguns/mas intelectuais feministas nas academias estadunidenses. Nos anos 1990, a estudiosa feminista, Teresa de Lauretis cunha o rótulo queer Theory [ Teoria queer], cujo objetivo é nomear um campo de estudos que passa a emergir, se trata de uma revisão crítica dos Estudos Feministas e dos Estudos gays e lésbico, impulsionados pelo cruzamento destes estudos com a perspectiva do pós-estruturalismo francês.
As/os intelectuais vinculados a esse campo estudos compreendem a o gênero (masculinidade e feminilidade), a sexualidade (heterossexualidade e homossexualidade) e também a raça (branquitude e negritude), como efeitos de discursos (textuais e imagéticos), que devido à prática iterável ao longo do tempo, passam a materializam tais discursos  nos corpos dos sujeitos.
A presente proposta de minicurso visa apresentar uma genealogia dos estudos queer e expor as perspectivas e os conceitos de alguns/mas pensadores/as vinculados/as à esse campo de estudos, tais como antropóloga Gayle Rubin, o filósofo Michel Foucault, a linguista Teresa de Lauretis, a filósofa Judith Butler e o filósofo Paul B. Preciado.

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